quinta-feira, 1 de julho de 2010

no battery

Paro a olhar para o relógio à espera que chegue a hora em que o tempo me leva para junto de ti. Mas o relógio estás parado desde aquele dia e os dias nunca mais passaram. E eu sinto-me eternamente presa naquele dia em que tu partiste, a recordar a cada instante que  tu já cá não estás para mim nem para ninguém. Fiquei presa naquele momento e não consigo fugir, não me consigo libertar. E continuo permanentemente a ver-te frente a mim, mas não te alcanço. E continuo nesta constante corrida contra o tempo, contra mim, contra tudo e todos, só para te alcançar, só para te agarrar a mão e pedir-te que nunca mais te vás. Mas não consigo chegar a ti. Preciso de parar para descansar mas não te quero deixar ir. Apesar de tudo, eu preciso de ti como nunca pensei que precisasse na vida e enquanto não estiver contigo não vou conseguir nem parar nem descansar. Mas também não consigo prosseguir. Não sem ti. Sem ti eu não quero ir a lado nenhum. E então encontro-me aqui estagnada à espera que voltes, mas nada acontece. Tu não vens ao meu encontro e eu não percebo porquê.
Tu sabes o quanto eu gosto de ti, então porque me fazes isto? Porquê?
Eu preciso de ti, junto a mim, mais uma vez. Todos os problemas pareciam desaparecer quando te tinha por perto, tudo ficava bem quando estavas comigo, então porque não voltas? Tenho estado nesta espera por ti à meses, e não sei quanto tempo aguento mais. Não nesta espera. Mas quanto tempo aguento mais sem ti. Eu não te tiro do meu pensamento, e a verdade é que sem ti eu não quero nem tenho nada. Nada. Apenas uma alma replecta de saudade. A força foi-se.