sábado, 27 de fevereiro de 2010

from now on

 

Eu preciso de esquecer e como eu não consigo esquecer, eu preciso de mudar. Quero mudar. Tenho um desejo incessante de mudança. Preciso de um novo acordar, e preciso de saber que me espera um destino diferente naquele dia. Preciso de mudar. Preciso de gostar daquilo que eu tenho a minha volta. Preciso de gostar de olhar para o que está em minha volta. E como eu agora não consigo mudar as coisas que me rodeiam, como não consigo coloca-las de uma maneira que nunca foram, eu tenho que mudar-me a mim. Eu preciso de mudar. Preciso de mudar de cidade, de país. Preciso de novos ares. Preciso de conhecer pessoas novas, novas culturas. Preciso tanto de ver o céu de outros lugares. O céu não é sempre igual. Eu preciso de sair daqui. Conhecer as ruas e avenidas que estão lá fora e que eu nunca pisei. Preciso de preencher algo cá dentro que por muito que eu tenha tentado preencher, ainda não consegui. Eu não sei o que preciso para acabar com esta falta de algo pois quando eu penso bem, eu tenho tudo. Mas falta-me algo. Eu sei que falta. Só eu sinto este vazio. É necessário uma volta de 180 graus na minha vida, e não de 360 como estou habituada. Já muitas vezes tentei mudar. Voltei sempre ao mesmo sitio.
Eu preciso de mudar, eu preciso de mudar tudo em mim. Eu preciso de mudar tudo até finalmente encontrar  o que é necessário mudar. Pois ninguém sabe como eu me sinto. Nada nem ninguém consegue aliviar isto que eu sinto, este vazio que eu sinto. Por isso é que eu preciso de mudar. Eu preciso de um coração novo, e de uma alma nova. Preciso de ter a certeza que amanhã vai ser realmente um novo dia. E se não for? Preciso de saber que eu, o consigo mudar.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010


Today, I remembered all the things we passed together, all the smiles, hugs, words, moments we shared. And I admit that, today, I really missed your constant presence, your protection. Today, I missed you. For real.

26

Está a chover lá fora. Eu estou neste momento a olhar lá para fora. Tenho saudades de tanta coisa. Odeio este tempo e a nostalgia que ele me traz, a sensação de saudade que me apanha quando eu tento fugir dela a correr.
Pus então a música alta para não ter de ouvir a chuva a cair nas pedras da calçada, nem o vento a bater contra as persianas semi-fechadas, nem mesmo a trovoada que eu tanto tenho medo. é demasiado imponente para mim, faz-me sentir ainda mais pequena, e deixa o meu coração ainda mais apertado. Não quero ouvir a chuva, nem o vento, nem a trovoada. Não quero. Não quero cair na tentação de sair porta fora, para me misturar com o temporal lá fora. Não quero cair na tentação de chorar e misturar as minhas lágrimas com as gotas de chuva, não quero dar mais parte fraca. É essa uma das vantagens da chuva, ninguém consegue ver que tu estás a chorar. mas eu saberei sempre o que me está a acontecer, e eu não quero então chorar.
Mas sim. É difícil não chorar quando tenho tanta saudade no coração. Tenho tantas saudades tuas, tu não imaginas. Tenho saudades de chegar e de estar perto de ti. De poder ter finalmente a certeza que tu estavas bem. Até de sair da tua beira eu tenho saudades. Pelo menos nessa altura eu sabia que tudo que tinha passado contigo podia estar a acabar, mas era real. Tenho tantas saudades tuas. Porque tiveste de ir embora quando eu mais precisava de ti? Porque me fizeste isso? Tu sabias o quanto eu gostava de ti. Ou pelo menos eu espero que sim. E agora? agora já nada resta, e eu já não te posso ter de volta.
Tento imensas vezes percorrer os caminhos que tu percorrias, tento estar perto dos sítios onde eu sabia que te podia encontrar, tento olhar para as coisas da mesma maneira que tu olhavas, e recordar as tuas palavras e a tua imagem o mais possível, para nunca as esquecer. Mas custa-me tanto. Porque eu sei que nunca te vou encontrar no final da rua. Sei que por mais casas em que eu entre tu nunca vais lá estar, e isso dá-me uma agonia tão grande, porque eu sei que nunca te vou ter de volta. Mesmo assim, eu sinto a necessidade de repetir todos os teus passos. Porque é que isto tinha que acontecer? Porque te escolheram logo a ti para afastar do meu caminho? Não é justo.
Eu tenho saudades das tuas palavras, das nossas conversas, das tuas mãos sobre as minhas que me davam a certeza que tu estavas bem, tenho saudades do teu sorriso, e do teu brilho nos olhos. Tinhas os olhos mais lindos que alguma vez vi. Sabes? Às vezes tento olhar-me ao espelho, e ver o que sobrou de ti em mim, mas são muitas coisas, pois tu eras demasiado perfeita. Era impossível eu reter os teus traços em mim.
Nunca te poderei ter de volta, pois o mundo assim não o permite, e o destino se decidir ser generoso com a minha vida demorará a conseguir ter-te de novo diante os meus olhos, mas sabes? O amor está na alma, e a alma não morre. Apesar de tudo eu sei que vou sempre recordar-te com saudade, mas com um sorriso no rosto também. Foste muito importante na minha vida, e é impossível esquecer-te.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

what about now?

vou ter saudades de tudo que vivemos. saudades daquilo que ficou por fazer. vou ter muitas, mas muitas saudades tuas. peço-te que me desculpes por qualquer coisa e fica sabendo que gostarei sempre muito de ti, como sempre gostei. até qualquer dia, pois eu sei que um dia te encontrarei, e tu me vais receber com um sorriso no olhar, o mesmo com que sempre me recebeste. *

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

rewind

quando viramos uma página, não é possível voltar atrás para voltar a vivê-la, para ver tudo novamente, para reparar nos pormenores que não havíamos reparado na altura. hoje eu sei disso.
eu gostava de ser dona do tempo, gostava mesmo, e assim poder voltar atrás. não para não cometer erros. não para apagar um momento mau, tornando-o bom. mas para poder aproveitar cada página virada, com a intensidade do momento em que a escrevi. mas o tempo é assim, um bicho selvagem, ninguém lhe tem mão, ninguém lhe põe rédeas, é demasiado forte para ser domado.
não é dificil virar uma página na nossa vida. não é. o problema é mesmo esse, ser fácil de mais, pois o que dói é o depois. o que dói é recordar tudo o que aconteceu, e pensar em tudo aquilo que não foi vivido, mas que poderia ter sido conseguido. recordar todos os momentos bons e maus dessa página, e querer vivê-los novamente.
pode ser sempre página virada. mas não. não é página esquecida.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

remote control

hoje tentei imaginar a minha vida sem ti e sem tudo que se relaciona contigo. tentei. apeteceu-me. apeteceu-me tentar imaginar a minha vida sem todos aqueles pormenores e traços do teu rosto, sem aquele teu cheiro que eu sinto cada vez que chegas perto. sem o teu sorriso, que é sem dúvida o mais lindo de todos. sem as tuas palavras de carinho, de brincadeira. sem a tua voz. sem as tuas mãos no meu rosto. os teus lábios nos meus. os teus braços em minha volta. sem os teus "gosto muito de ti". sem o friozinho na barriga cada vez que chego perto de ti. sem a confiança e o á-vontade que tenho contigo. sem a segurança que tu me dás. tentei imaginar a minha vida sem a tua sombra junto da minha. sem a tua sombra, simplesmente. tentei pensar na minha vida, como se tu não existisses. mas não dá para fazer isso. eu não consegui pelo menos. dei-me conta, que não fazes parte só da minha vida, mas que fazes também parte de mim. e tentei então pensar em mim, sem ti. e não dá. és parte de mim, não só da minha vida. não sei se isso vai ser bom ou mau. nós não sabemos o futuro. mas sei que hoje, não poderia estar mais feliz com isso. és a peça final do puzzle. espero que não se desmonte.