quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

goodbye my love

2009 chegou ao fim. pelo menos é o que o calendário me diz; que este ano lindo acabou, que é o seu ultimo dia de vida.
é tudo um ciclo interminável, tudo nasce, vive, e morre, assim como aconteceu com o ano 2009 e irá acontecer com todos os anos que se seguem. por isso não fiques triste, meu querido 2009. não foi só contigo que isto aconteceu. o tempo, já passou a perna a muitos outros anos. da-vos 365 dias de vida, por vezes é piedoso e dá-vos 366 dias, mas nunca passa disso, desse tempo. está determinado.
mas vocês tem sorte. sabem quanto tempo vos resta, e podem escolher 365/6 maneiras diferentes para aproveitar cada dia. se duma maneira boa, ou se querem marcar a vida dos humanos de uma maneira horrivel. vocês podem aproveitar tudo de uma maneira que nós não podemos. talvez por que não sabemos para quando está marcado o nosso fim, então são muitas vezes que não aproveitamos o dia de "hoje"; pois pensamos que irá haver sempre um amanhã. mas também seria muito horrivel se alguém nos dissesse que morreríamos daqui a não sei quantos dias, muito assustador. por isso, vocês, os anos, são também um exemplo de coragem. pelo menos nunca vos ouvi queixarem-se de nada. é esse o azar das coisas sem a capacidade de falar, por vezes não compreendemos  o que querem dizer com alguns sinais. não sabemos ler nas entrelinhas.
mas, meu querido 2009, eu não te vou deixar passar por mim, e esquecer-te. vais ter sempre um lugar no meu coração. num dos lugares mais quentinhos, e com ar-condicionado no verão para não teres calor. o meu coração, anda a precisar de umas obras, de ser reconstruído, e prometo que quando elas acabarem, instalo um ar-condicionado só para ti, meu 2009.
ensinaste-me tantas, mas tantas coisas, que é o minimo que posso fazer por ti. ensinaste-me que muitas vezes, o "para sempre" que idealizamos pode não acontecer, porque nada dura para sempre. ensinaste-me a perceber que o mundo não é sempre cor de rosa, e que no meu caminho vou sempre encontrar pedras que me vão fazer tropeçar, e que me vão fazer sentir a pessoa mais triste do mundo. ensinaste-me que o que é nosso, volta sempre se realmente nos pertencer; se isso não acontecer, nunca nos pertenceu. essa foi realmente uma das coisas que mais me fez crescer. mas com todas estas coisas más, ensinaste-me também, que pode não existir "para sempre", mas podemos sempre lutar por "um dia a mais" ou por um "muito muito tempo", que basta querermos, que basta não perdermos a força. ensinaste-me que o mundo não é sempre cor-de-rosa, mas que no meio do escuro há sempre uma luz ao fundo do tunel, ou um arco-iris com cores muto mais bonitas que o cor-de-rosa. ensinaste-me que a vida é feita de chegadas e partidas que nem uma estação de comboios, e que cada partida nos causa sempre um pouco de sofrimento que seja, mas que nunca estamos sozinhos; que por muito que o mundo nos pareça negro e solitário naquele momento, há sempre alguém que nos dá a mão, há sempre um sitio onde podemos ir buscar força para nos levantarmos e seguirmos em frente, para podermos ser ainda mais felizes que aquilo que havíamos sido. ensinaste-me que a vida se move em força de três palavras "força de vontade", e que sem ela não vamos a lado nenhum.
graças a tudo que me ensinaste, eu encontrei a minha força de vontade. abri os olhos, e agora sei o caminho que tenho que seguir. pelo menos por agora. afinal todas as perdas e ganhos, valeram a pena, ao contrário do que pensava.
obrigada por tudo, meu querido 2009, juro que não serás esquecido. mas agora, são horas, de dares as tuas asas a 2010.
bem-vindo, novo ano. (...)

sábado, 26 de dezembro de 2009

where did i go wrong?

não há um único passo, um único gesto que eu faça, que não seja mais um erro? não há nada que eu faça, que não tenha que me arrepender depois?
parece que o caminho mais fácil, acaba por ser mais correcto; pelo menos não é tão duro.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

fall to pieces

23 de Dezembro de 2007
Posso esquecer tudo que um dia possa ter guardado na minha pequena caixinha de segredos, na minha memória; posso esquecer muita coisa. Mas há sempre aquelas que por muito que queiramos esquecer, não conseguimos, serão sempre páginas da nossa história que não conseguiremos virar, pois ficaram muito além da marca da memória ou de uma pequena caixa de segredos; há coisas que marcaram cada poro da minha pele, cada pedra da calçada por onde eu passe, cada estrela do céu, cada imagem que os meus olhos possam alcançar, que marcaram cada palavra que eu possa ouvir. Há coisas que ficaram marcadas no meu coração e que eu desejo todos os dias enxutar ao pontapé; mas na verdade, cada vez que essas mesmas coisas pensam em sair do lugar mais querido do meu coração, eu só tenho tempo de puxa-las de novo, de volta para mim.
Tu, foste e és sem duvida umas das coisas que mais marcou a minha vida. Não sei se merecias que eu gostasse tanto de ti, pelo menos há quem ainda hoje diga que não merecias nada meu, mas a verdade é que eu gostei, ainda gosto. Sempre gostei. Nunca consegui contrariar esse sentimento que me invad(e)ia a cada segundo, sempre foi mais forte que eu e mais forte que todas as forças que eu possuía. Tu, fazias-me muito forte. Sempre gostei de ti incondicionalmente, e ainda hoje, após quase meio ano de te ter perdido de vez continuo a gostar. Se calhar não tão descontroladamente como à uns meses atrás, mas a verdade é que ainda gosto, a verdade é que ainda penso em ti todos os dias, a verdade é que a tua memória ainda me põe triste, que as saudades que sinto do teu abraço ainda me matam; a verdade é que após tanto tempo sem ti, ainda distingo o teu cheiro no meio da multidão. Já passaram meses desde que tive que te dizer “adeus”, quem diria que já tinha passado tanto tempo. Eu não, pelo menos. Talvez porque te mantive sempre presente em mim, mesmo na ausência das palavras tu mantiveste-te presente no meu dia-a-dia; em todas as mensagens que guardei tuas, em todas as imagens que tenho tuas guardadas, no som da tua voz que se repete continuamente na minha cabeça. Em tudo. Está tudo no mesmo lugar que estava no dia que tu foste embora, não mudei nada. Não quis se calhar afastar-te ainda mais que aquilo que já tinha afastado, talvez não queria perder-te ainda mais.
Continua tudo no sítio que estava. As tuas fotos continuam no meu pc, as nossas fotos continuam na parede do meu quarto, a tua carta continua guardada na minha caixinha dos segredos, todos os textos que te escrevi continuam guardados, o peluche que me deste numa das noites que fui dormir a tua casa, continua a ser agarrado todas as noites, todas as mensagens que me enviaste continuam guardadas. Lembraste de naquela noite, me teres perguntado: “E esse telemóvel? Ainda tem as minhas mensagens todas?” ? Acredito que estivesses a espera que dissesse que não, que tinha apagado tudo. Mas não, nunca apaguei uma única. Eu quis; eu queria apagar-te de mim, não nego que queria arrancar-te do meu peito, que queria esquecer-te, como acredito que tu tenhas conseguido fazer, mas eu não consegui. Eu não consigo ultrapassar-te.
Foi tempo precioso na minha vida. Pode ter sido relativamente pouco tempo contigo, pois foi um ano e meio que me soube a pouco. Eu queria muito mais. Eu queria muito mais de ti, queria dar-te muito mais de mim. Mas não consegui, não conseguimos.
E hoje? Hoje nada me resta de ti, a não ser as memórias que tenho tuas e do “nós” que um dia existiu.
Acreditas que mesmo após termos desistido, continuas a ser a primeira pessoa que me aparece na cabeça quando acordo? Que apesar de tudo, ainda escrevo muitas mensagens para ti, mas por medo e cobardia que sempre tive, nunca envio?
Apesar de tudo ter mudado, para mim continua (quase) tudo igual. Foste um marco histórico na minha vida e acredito que daqui a 10 anos vou pensar e lembrar-me da pessoa que mais marcou a minha vida.
Hoje eu podia dizer que tivemos a amizade perfeita, que não nos magoámos nunca, que conseguimos manter-nos 100% felizes durante um ano e meio, e recordar cada pedaço da nossa história sempre com um sorriso, mas para quê dizer mentiras quando ambas estamos cientes de tudo? A verdade é que a nossa amizade estava longe de ser perfeita, nada nesta vida é perfeito. A verdade é que nos magoámos muito, demasiado até. A verdade é que não fomos felizes a 100%. Mas tudo na vida tem os seus baixos, e quando esses me atingiam tu punhas-me na mó de cima novamente. Quando eu necessitava de um abraço tu davas-mo mesmo que estivéssemos na fase mais negra da nossa amizade. Quando eu tinha medo tu agarravas a minha mão e não a largavas até teres certeza que eu estava bem. Quando eu precisava de um sorriso, eras a primeira a dizer que me amavas, a primeira a ligar-me e a dizer que eu não tinha que estar assim, e que ias estar sempre comigo, que me mandava uma mensagem com as palavras mais simples e lindas do mundo. E era isso. Eram esses momentos que tornavam a nossa amizade quase perfeita, que nos faziam felizes quase a 100%.
Ninguém sabe coisas que só nós sabíamos, ninguém sabe como nos entendia-mos tão bem, ninguém entende a força que (me) nos sustentava, ninguém compreende porque demos tanto da nossa vida uma a outra, ninguém para além de nós. Pois a amizade tem dessas coisas, a amizade tem esses segredos, esses pormenores, que só as partes envolvidas compreendem, sentem. Eu sentia-te. Eu sentia-te a cada momento que passavas a meu lado. Nos meus momentos bons e maus, quer estivesses longe ou a 2cm de mim, eu sentia-te sempre comigo, eras parte de mim. Eras o que me sustentava. Eras o lugar onde eu ia buscar forças. Eu e tu éramos uma pessoa só. Mas como tudo na vida, acabou. Não sei como, muito menos o porquê de tudo aquilo que nós criámos ter desaparecido. Nós arranjámos mil e um culpados, mil e uma acusações, culpa-mo-nos a nós próprias e culpámos o mundo inteiro. Ocupámos tanto tempo da nossa vida a tentar arranjar um culpado, em vez de tentar resolver o problema, que isso acabou por nos destruir.
Durante imenso tempo culpei o tempo, culpei Deus, culpei toda a gente do nosso fim, e pedia todas as noites a Lua que trouxesse a minha Lua de volta, que te trouxesse de volta para os meus braços, que me desse de novo os nossos dias juntas, os nossos sonhos, o nosso abraço, que trouxesse tudo que eu um dia havia tido e que o tempo me havia roubado; a verdade é que todas as minhas preces de nada valeram, e tu não voltaste. O tempo todo de espera apenas nos afastou mais. E eu, acabei por me conformar. Todos os que me perguntavam por ti, que me perguntavam como andávamos, levavam com a simples resposta “já não nos damos”, e cada vez que eu dizia aquilo em voz alta, parecia que tornava a situação muito mais real, contrariamente á minha vontade. Mas não havia rigorosamente nada que eu pudesse fazer. Tu começavas a sentir-te farta dos meus ciúmes, das minhas cenas, e se eu te dizia que não queria incomodar tu dizias que eu não te ligava nenhuma, se eu te ligava tu dizias que eu te chateava, e comecei a entender que o melhor era mesmo eu afastar-me, que era melhor eu desistir.
Durante todos estes meses acreditei que te tinha esquecido. Que tinha deixado a raiva apoderar-se de todo o tipo de sentimentos que eu sentia por ti. Que tu já não me interessavas para nada e tal como tu me havias ultrapassado, eu também tinha conseguido esquecer-te. Até àquela noite, a noite que eu acredito que terá sido a ultima vez que recebi o teu abraço. Todas as vezes que pensámos que iríamos estar juntas, e não estivemos iam acordando mais o sentimento que eu tinha adormecido e bem embalado dentro de mim. E naquela noite, quando os meus olhos te alcançaram, ele acordou. A coisa que mais queria era correr para os teus braços, dizer o quanto sentia saudades tuas, dizer que não queria largar-te nunca mais; mas com o teu afastamento, todo o meu orgulho tinha voltado, e ainda mais forte que aquilo que ele era, então não fiz nada disso. Limitei-me a ficar quieta, a observar cada movimento teu, a observar os teus olhos (e como continuas a ter uns olhos lindos), limitei-me a ficar a espera que avançasses como eu tinha a esperança que o fizesses. E assim foi. Quando tinhas que ir embora, olhei ainda mais pormenorizadamente os teus olhos, pareciam-me tristes por teres que ir embora, pareciam brilhantes de mais, cheios de lágrimas, mas as aparências iludem (e eu queria ser iludida), e quando tu te chegaste a mim e me abraçaste, eu apenas te abracei de volta com muita força, e captei o máximo que eu conseguia do teu cheiro até ter que te dizer adeus. Como eu tinha saudades do nosso abraço; foram poucas as pessoas na minha vida inteira que me protegiam tanto, com um simples abraço. E como eu já disse, acredito que tenha sido o último que tive teu. Lembraste de quando nos despedíamos, demorávamos 3 segundos a olhar para trás para nos vermos uma última vez? Eu olhei para trás, mas tu seguiste. E eu perdi-te de vista.
Desde esse dia que não me sais da cabeça, que te mantens acordada na minha mente, para cada lugar que eu olhe és tu quem surge à minha frente a cada minuto. E isso tem dado cabo de mim. Aumentou a vontade de falar contigo, a vontade de te ter a meu lado. Mas sei que de nada vale agora.
Desde a entrada no mês de Dezembro (o nosso mês) que tenho contado os dias, numa contagem decrescente a começar em 23. Hoje é o dia zero.
Faz hoje dois anos que apareceste na minha vida, e completo hoje a contagem para o dia que me fez mais feliz no ano de 2007. Foste a razão de tudo durante um ano e meio, foste a única e a melhor amiga que eu tive na minha vida, ajudaste-me a crescer imenso, ensinaste-me tanto, e ainda hoje levo cada lição que me deste presa no meu coração.
Como é que tanto, como é que tudo muda em tão pouco tempo? Como é que conseguimos perder tudo?
Hoje recordo tudo com o coração nas mãos, e com as lágrimas nos olhos. Há um ano atrás era tudo tão diferente. Éramos tão unidas, éramos como irmãs, e hoje resta-nos poeira, e o vento que te traz a mim de vez em quando.
Apesar de tudo, foste a melhor amiga do mundo para mim. Foste a minha felicidade, o meu norte, e hoje eu não me arrependo de nada, pois eu não imagino como teria sido a minha vida sem ti. É verdade que todas as noites penso se pensas em mim a toda a hora como eu faço também, penso se agarras o Báá com toda a força do mundo e dizes o meu nome, ou se ainda o tens sequer, ainda penso se por vezes te trocas e dizes o meu nome em vez do nome de outra pessoa qualquer, ainda penso se voltarias atrás se pudesses. Mas depois, volto a realidade, e lembro-me que tu seguiste a tua vida, e que agora és feliz. E eu amava-te o suficiente para te deixar ir, como o fiz.
Sei que agora és feliz, mais feliz que nunca, e isso enche-me o rosto com o maior sorriso do mundo.
Sabes? Eu tenho saudades tuas. Eu amo-te ou pelo menos gosto imenso de ti. Eu estou feliz por te ter conhecido. E és tudo que eu um dia podia ter pedido na vida, melhor amiga do mundo, (minha)LUA, (minha) Flávia Mafalda Gouveia Magalhães.
Parabéns a mim, a ti, a Nós, afinal vai ser sempre a somar pois não podemos parar o tempo, e hoje faz dois anos que eu li e abri a página mais linda da história, que a minha vida é.

sábado, 19 de dezembro de 2009

unsure&insecure

..
E quando chegamos ao fim da linha? Quando não há mais luz ao fundo do túnel? Quando essa se apaga?
Que fazemos nós se não podemos voltar atrás? Se a cada passo que damos se fecha uma porta atrás de nós. Onde antes via uma virgula no final de cada frase, começo a ver pontos finais. Por vezes confundo-me e apenas são reticências. Mas e no dia que eu não estiver errada e os soluços entre as frases pararem? Em que não houverem mais contra curvas e onde eu esperava ver mais um ponto a seguir ao primeiro, não aparecer nada? É tudo um conjunto de incertezas que me assusta.
E essas invadem-me todos os dias. Entram pelo meu espirito a dentro pela calada, tal qual um gato sorrateiro. Entram por qualquer brecha de medo que eu deixe aberta, e teimam em não querer sair. Só com muito esforço, com muita vontade e a ajuda de vicios é que eu esqueço por momentos essa brisa de incertezas que me invade.
Mas á noite, não existem esses escudos para combater essas incertezas, não existem vicios, e força de vontade? Muito pouca.
E há noite? Quem me vale?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

powerless

de um momento para o outro, num segundo, perdi as certezas todas.
apetece-me dizer que tenho saudades tuas. apetece-me dizer que adoro tudo em ti e apetece-me dizer que não imagino a minha vida sem ti. não, agora não imagino. talvez um dia possa conseguir fazê-lo, mas hoje? mas agora? não. eu não imagino a minha vida sem ti. e apetece-me gritar isso aos sete ventos, apetece-me encostar a minha boca ao teu ouvido e sussurar-to com gentileza. nao sei, apetece-me. apetece-me segurar o teu rosto por entre as minhas mãos e dizer-te que sem ti nunca será a mesma coisa, que tu chegaste, paraste, olhaste, e marcaste. apetece-me agarrar-te e não largar mais. apetece-me parar o tempo. são apetites.
mas de um momento para o outro, quem parou fui eu. quem paralizou fui eu. e neste momento acho que nada passa na minha cabeça. com a incerteza veio o medo. e acho que se te disser tudo, serei recebida com sete pedras na mão e mais umas quantas armas, então permaneço calada.
num impulso, num gesto não programado, eu carreguei no botão vermelho do meu telemóvel. a mensagem que te ia mandar ficou ali, guardada nos rascunhos, e o telemóvel foi largado no chão como se estivesse a tocar em algo que não tinha permissão para tal. e é ali que ele vai ficar até, novamente, num segundo, a certeza voltar e com ela a coragem para te dizer: "adoro a maneira como me fazes sentir cada vez que te aproximas de mim. como fazes o meu coração acelerar. como, sem fazer muito, afastas todos os possíveis problemas de mim, de nós. adoro a tua força e a maneira como ages. a maneira como eu não te consigo resistir. adoro a maneira como te conheço tão bem e a maneira como a parte que desconheço me cativa. adoro a tua sinceridade, a tua disponibilidade para me ajudares, mesmo que a ajuda não esteja ao teu alcance. adoro o teu sorriso, adoro a tua voz, adoro os teus lábios, o teu rosto, adoro a tua personalidade. adoro-te com todos os defeitos e qualidades que podes possuir. adoro quando amuas. adoro cada segundo passado contigo. adoro os nossos abraços. mas sabes o que eu adoro mais neste momento? o que eu adoro mais, és tu. e digo-o com toda a certeza do mundo."
a verdade é que as certezas se foram embora. resolveram, pelos vistos, antecipar as férias das festividades que se avizinham, e não sei mesmo quando é que voltarão. sei pelo menos que não, não é hoje. mas acredita, és sem dúvida o melhor de mim, e o melhor para mim.

sábado, 14 de novembro de 2009

Sinto a ausência. A ausência das palavras. Essas nunca me deixavam só.
Sinto saudades dos tempos em que as palavras surgiam por entre os meus dedos e que dançavam que nem borboletas a volta de uma flor, neste caso a flor era a folha de papel que nunca se mostrava vazia para mim. Essa folha de papel, quase todos os dias diferente, ouvia-me num silêncio perpétuo, por entre o meu olhar e o manusear da caneta (nunca fui do género de escrever a lápis; não gosto de cair na tentação de apagar os erros, pois isso da-me uma noção irreal da realidade), e essa folha de papel nunca me falhava. Sem se queixar ouvia-me com a maior das atenções, sem por momentos pensar em me virar costas. Se calhar é esse o azar dos objectos inanimados. Um peluche por muito que seja molhado com as lágrimas de uma criança nunca lhe vira costas, não é que não lhe falte vontade, mas não o pode fazer. O mesmo acontece com as pobres e solitárias folhas de papel. Mas estamos aqui para falar das palavras. Eu tenho saudades delas, tenho mesmo. Tenho saudades das palavras que eu adorava ler, das palavras que eu adorava dizer, das palavras que eu adorava ouvir, e até mesmo daquelas palavras que por segundos viravam actrizes e interpretavam o papel de uma faca, essas mesmas palavras que por mais simples que fossem tornavam um mero segundo, perpétuo.
Elas agora, deixaram-me. Não sei que lhe fiz, não sei se as tratei mal, ou se fui eu sequer que as abandonei. só sei que sinto saudades delas. Voltem.

sábado, 31 de outubro de 2009

eu tenho medo, tenho medo de arriscar, tenho medo do que pode vir, tenho medo do que pode acontecer.
o medo é algo natural, é algo inevitavel.
mas porque agora ? porque hoje ? porque ontem ? ou para que amanha, se o medo nunca me deixara avançar ?
eu tenho medo, eu sei, e eu admito-o. mas porque, se nao ha razao para ter medo ?
o medo é algo normal, ou mais uma desculpa para nao ter de confrontar os factos e deixar-me ficar para tras, no sitio de onde nuca me mexi (?)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

é nos detalhes que se encontra a essencia das coisas.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

passou

tinhas algo que te tornava especial, mas mudaste, e tornaste-te banal, e cada vez te tornas mais e mais vulgar.
mas vais ser sempre tu para mim.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

palavras ,

Hoje acordei, e no primeiro abrir dos meus olhos senti que nada estava a bater certo, senti que tudo que estava a minha frente não fazia sentido nenhum. Sentei-me e então levei as mãos a cara, e perguntei a mim mesma o que se estava a passar. Levantei-me, e fui até ao espelho, olhei-me, voltei a cara, e olhei novamente e vi que nada à minha volta tinha mudado, que a única coisa que estava diferente era eu. Olhei-me ao espelho e pareceu que naquele momento nada fazia sentido em mim, por meros segundos senti que eu era uma partícula de pó ao vento, e perguntei-me que fazia eu aqui. Senti pela primeira vez, toda a esperança que eu tinha desabar e todo o medo, desespero, arrependimento, que eu sabia que existiam, vir ao de cima. Nos meus olhos eu não vi mais nada que não um enorme medo e vontade de chorar, mas as lágrimas já não faziam sentido, pois o que tinha acontecido, tinha passado e eu não podia fazer nada para voltar atrás no tempo. Voltei para a cama, encolhi-me no meio dos lençóis, na esperança que chegasse o sono e assim ver os problemas ir embora, nem que fosse por meras horas, se eu os ignorasse mas isso não é possível, não funciona assim. Mergulhei então nos braços da música e no vazo duma folha de papel na esperança de conseguir escrever algo que me pudesse aliviar a alma, mas as palavras teimam em não sair e a única coisa que os meus olhos conseguem notar são umas simples letras, espalhadas a balda numa folha, pelo meio de uma caligrafia desregulada; e por entre cada letra que escrevo, pergunto-me se vale a pena continuar, pois a mim as palavras já nada dizem.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

anestesia


mata-me lentamente, mas anestesia-me primeiro.
da-me um beijo, anestesia-me, para assim me poderes matar;
por mais lenta que seja a morte, estarei imune a qualquer tipo de dor.
estarei atordoada com a suavidade do teu toque.
com a gentileza do teu beijo.
com a firmeza dos teus braços.
com a força do momento.
estarei anestesiada e imune a tudo que se passa em meu redor.
anestesia-me primeiro, e depois sim, mata-me lentamente.
com a maior força que tiveres.
com toda a crueldade que possuires.
com toda a insanidade que está guardada no mais profundo do teu ser;
mas que tu tentas esconder.
mata-me, mas anestesia-me primeiro.
mata-me, mas da-te a mim por inteiro.
mata-me, mas sê a minha anestesia.
sê a minha morfina.
mata-me, mas sê tu também quem elimina igualmente toda a minha dor.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

e então ?

Não há nada que eu possa fazer; no final de contas, vou acabar por ser sempre mais uma, vou ser sempre mais uma que caiu na rede, mais uma que se deixou levar.Não há palavras que possam mudar isso, não há palavras que tornem possivel voltar atrás no tempo, não há nada que se possa fazer, então para quê deixar-me cair no erro? ; nenhum gesto, nenhum olhar, nenhum abraço; não há nada mesmo que possa mudar esse erro, pois quando as coisas são feitas, são feitas com a intensidade do momento, com o calor do ar que nos rodeia naquele momento, e todas essas coisas que estão á nossa volta, não voltam a estar ordenadas da maneira que nós recordamos, por isso não tenho que me deixar cair no erro, para depois não ter nem ser apenas mais uma memória, para depois não ser apenas mais uma. Mas não há maneira de repetir um momento; então porquê que não há de ser aproveitado? Porque é que há-de ser interpretado como apenas mais um? As coisas não acontecem por acaso; as coisas não acontecem porque queremos, mas sim porque é assim que tem que ser, então porque hei-de ser eu a impedi-las? : Porque tenho medo? Medo de ser apenas mais uma? Porque tenho medo de perder o pouco que já tenho? E se perder? É porque assim tinha que ser afinal.
Não podemos ficar presos a um momento, e ver todo mundo seguir o seu caminho, não podemos, não temos o direito sequer de estar sozinhos, pois só estamos sozinhos se quisermos; toda a gente tem alguém no mundo com quem está destinado a estar, e há sempre alguém no nosso caminho que não nos quer deixar sozinho, por isso, porque não aproveitar ? Não há que ter medo do futuro, não há que ter medo de arriscar; pois se aconteceu, é porque tinha que ser, pois nada acontece por acaso.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

i don't know why i'm still waiting

eu amo-te; posso esconder dos outros, posso não conseguir fazer-te sentir isso, mas eu amo-te; não sei porque te amo tanto, mas amo; sei que é verdadeiro, sei que é sentido, sei que é real, sei que sei amar, pois eu aprendi a amar, pois mostraram-me o que é amar e que é possível gostar de alguém acima de tudo. Eu não sei porquê, nem como, mas eu amo-te. O sentimento mais lindo e forte que senti é para ti, é por ti; e eu não queria amar-te, eu não queria, mas aconteceu. E é estranho sofrer por amor, principalmente, porque este já foi o sentimento que me fez mais feliz; não há lógica, não há maneira de explicar a saudade que sinto de te ver, de te falar, de te olhar duma maneira que nunca olhei para ninguém, olhar-te e a cada segundo daquele momento descobrir cada vez mais qualidades em ti, cada vez mais me sentir cativada por ti, e por tudo que te rodeava, de sentir que naquele momento nada me poderia entristecer; e o cheiro, o teu cheiro, esse ficou impregnado em mim. E agora paro na rua cada vez que o vento me traz o teu cheiro, paro no tempo cada vez que te sinto no ar, isolo o momento para novamente nos sentir a sós, esqueço o resto do mundo só por te amar.; o resto que me rodeia, não passa duma paisagem, é apenas o cenário que um dia, contigo, me completou, mas faltas-me tu agora, sinto a falta de te sentir comigo , não nego; és o meu vicio, a minha droga, não te consigo deixar, preciso de ti, juro como preciso; sem ti não passo de uma brisa de vento que é levada pelo tempo sem qualquer tipo de rumo. E eu pergunto-me a mim mesma vezes e vezes sem conta se algum dia voltarás; mas esse dia não parece chegar, e eu não sei porque espero.
- A verdade é que já passaram uns dias, desde que te afastaste, daqui a uns tempos serão semanas, meses; e eu tenho a esperança que este vazio vá embora, mas tenho medo; tenho medo de perder todo este sentimento, pois para mim não és uma página rasgada que por ter erros eu deitei fora, és muito, e eu não te quero perder por nada; sei que nunca te tive, mas tenho saudades tuas. Espero que um dia voltes a ser quem eu conhecia, ou pelo menos quem eu pensava que eras, a pessoa com quem eu mais me identificava.
Gosto muito de ti «3

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Don't let anyone ever make you feel like you don't deserve what you want, what you need the most, or what you simply have got.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

se ,

Se eu tivesse coragem eu dir-te-ia tudo; se eu tivesse coragem, dir-te-ia o quanto me fazes feliz a cada olhar,a cada gesto, a cada sorriso teu. Se eu tivesse coragem dir-te-ia tudo; dir-te-ia que cada palavra tua me deixa mais feliz que uma criança, que a teu lado sinto que o tempo passa tão depressa que eu só tenho a necessidade de o parar para não ter que te ver ir embora, para não ter que te ver virar as costas e seguir o teu caminho. Se eu tivesse coragem dir-te-ia tudo; se eu tivesse coragem dir-te-ia o quanto significas para mim, o quanto és importante, o quanto eu te adoro, o quanto eu sinto a tua falta. Se eu tivesse coragem, contar-te-ia cada sonho que tenho, mas que não passam apenas de sonhos que tive durante meras horas de felicidade, em que tudo que eu sempre quis se tornava real, e em que ninguém poderia arruinar aquele momento. Se eu tivesse coragem contar-te-ia cada palavra que te diria, cada beijo que te dava, cada abraço que nos envolveria, cada olhar que me faria tremer até ao local mais profundo da minha alma, cada enlaçar de mãos que ninguém poderia separar, cada sorriso provocado pelo simples facto de tu sorrires. Se eu tivesse coragem olhar-te-ia nos olhos, agarraria as tuas mãos, encosta-las-ia ao meu coração e perguntar-te-ia se sentias o acelarar do meu batimento cardíaco; olhar-te-ia novamente nos olhos, e dir-te-ia que nada deste sentimento enorme, que sinto dentro de mim foi planeado, e sei que tu me compreenderias; dir-te-ia que te tentei esquecer mas que não consegui, que te tentei tratar mal, mas não consegui, que tentei convencer-me que me conseguia afastar de ti mas que a cada mensagem que me mandavas na altura mais inesperada com as palavras mais surpresas, tudo que eu havia conquistado, toda a coragem que eu havia ganho para seguir em frente, voltava ao ponto de partida; que quando te conheci nunca pensei que viesses a tornar-te num alguém tão especial, que pensei que serias apenas mais uma pessoa no meio da multidão, mas tu destacaste-te, tu marcas, pois não és comum, és invulgar, és especial em relação ao resto do mundo lá fora, tens força e dás força, não transpareces o que sentes; não és transparente, não és fácil, não és claro, não és preciso; és uma mistura de tudo aquilo que vicia, que chama a atenção, que sem intenção nos atrai; dir-te-ia que me cativas, que me fazes bem; seguidamente dir-te-ia que te devia um pedido de desculpas, que não sabia propriamente o porquê do pedido, mas que achava que era o necessário a fazer; talvez fosse por ter sido um empedimento em certas alturas, ou até a causa de algo mau que possa ter acontecido, não sei, mas eu sei que te pediria desculpa, e se me perguntasses porquê ? , não saberia o que te responder, e no final de todo aquele desabafo que precisava de ter contigo, para finalmente me libertar de todo o peso que carregava á uns meses, dir-te-ia que eu "gosto de ti." , e para a mim o momento acabaria ali, e eu isolar-me-ia numa barreira invisivel, mantendo-me perplexa, estática, imóvel e silenciosa, com os olhos focados no chão, e esperaria por uma resposta tua, a tudo aquilo que eu havia desabafado contigo, e que nunca tinha contado a ninguém; esperaria por uma resposta, nem que fosse por um "não sei o que te dizer", mas esperaria o tempo que fosse preciso, pois já tinha esperado muito até ali. Se continuasse a ter coragem, pegaria novamente na tua mão, e dir-te-ia que não havia mal, que talvez fosse melhor não teres palavras pois assim não teria de ouvir algo que não queria, que não tinhas de te sentir culpado em qualquer uma das maneiras, e que gostar gosta-se muitas vezes, mas gostar realmente ao ponto de abdicar da própria felicidade pela outra pessoa, acontece poucas vezes numa vida; e não sei se sei amar, mas sei que gosto muito de ti, o suficiente para dizer que te amo. E depois de tanta coragem após ter falado tanto, beijar-te-ia suavemente na tua bochecha, largaria as tuas mãos, viraria costas e iria embora, provavelmente a chorar, provavelmente á espera que viesses atrás de mim, mas iria embora. Mas tudo só acontecia se eu tivesse coragem, e coragem.. é algo que não tenho, nem nunca tive, por isso fico aqui á espera que um dia a tenha. Gosto Muito De Ti, RDMS «3

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Love.

Sinto-me impotente, sinto-me incapaz de executar qualquer movimento mais complicado que respirar. Sinto-me frágil, sinto-me fraca, sinto que o mundo me caiu em cima, e eu não posso fazer nada para tirar este peso de cima de mim, o peso na consciência, o peso de culpa, mesmo não sabendo o que fiz realmente, sei que errei, sei que algo correu mal, sei que a fiz com que a exactidão da certeza desaparecesse, sei que mudei a ordem das coisas, sei que fiz algo que mudou tudo, sei que a culpa é minha, mas não sei em quê.
Não consigo aceitar que tudo esteja assim, de pernas pró ar, como se uma onda tivesse passado e desordenado todos os pedaços de areia que a onda anterior havia posto correctos, não consigo aceitar que a roda tenha girado e mudado a minha sorte, não consigo; eu sei que tenho culpa, eu sei, eu sinto, mas não sei em quê. Sou culpada por amar, é verdade, deixei que um amor se elevasse a todas as regras, deixei o amor apoderar-se de toda a paz que havia sido construída, deixei que o amor se tornasse a razão do meu sorriso, e esse mesmo amor que eu sinto, razão de grande parte da minha felicidade, foi também a razão do fim; a razão do meu fim. Fui fraca e deixei que um sentimento fosse maior que a minha alma, que o meu próprio ser, deixei que esse sentimento levasse tudo que um dia foi um castelo firme, deixei que todo o trabalho e suor de tempos, fosse levado por um sentimento.
Causa felicidade o amor, mas esse sentimento razão do meu sorriso num dia, foi a razão do maior dos colapsos noutro; algo que é descrito pelos poetas, sendo alegre e uma dádiva, é descrito pelo meu coração, como a razão de um desabamento de vida, de força, mas acima de tudo, de felicidade; condeno-te a ti amor, por traiçoeiro seres, condeno-te a ti amor, por cega me teres tornado, condeno-te a ti amor por grande parte dos males, condeno-te a ti amor, por um rio de lágrimas chorado.
Não te peço para desapareceres, apenas torna-te certo, e traz-me de volta a minha coragem, a minha razão, a minha felicidade, e acaba com esta dor por completo.