quinta-feira, 27 de agosto de 2009
palavras ,
Hoje acordei, e no primeiro abrir dos meus olhos senti que nada estava a bater certo, senti que tudo que estava a minha frente não fazia sentido nenhum. Sentei-me e então levei as mãos a cara, e perguntei a mim mesma o que se estava a passar. Levantei-me, e fui até ao espelho, olhei-me, voltei a cara, e olhei novamente e vi que nada à minha volta tinha mudado, que a única coisa que estava diferente era eu. Olhei-me ao espelho e pareceu que naquele momento nada fazia sentido em mim, por meros segundos senti que eu era uma partícula de pó ao vento, e perguntei-me que fazia eu aqui. Senti pela primeira vez, toda a esperança que eu tinha desabar e todo o medo, desespero, arrependimento, que eu sabia que existiam, vir ao de cima. Nos meus olhos eu não vi mais nada que não um enorme medo e vontade de chorar, mas as lágrimas já não faziam sentido, pois o que tinha acontecido, tinha passado e eu não podia fazer nada para voltar atrás no tempo. Voltei para a cama, encolhi-me no meio dos lençóis, na esperança que chegasse o sono e assim ver os problemas ir embora, nem que fosse por meras horas, se eu os ignorasse mas isso não é possível, não funciona assim. Mergulhei então nos braços da música e no vazo duma folha de papel na esperança de conseguir escrever algo que me pudesse aliviar a alma, mas as palavras teimam em não sair e a única coisa que os meus olhos conseguem notar são umas simples letras, espalhadas a balda numa folha, pelo meio de uma caligrafia desregulada; e por entre cada letra que escrevo, pergunto-me se vale a pena continuar, pois a mim as palavras já nada dizem.
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2 comentários:
Não, sou.
Mas gostava de ser, ou de ter um perto de mim, meu bem.
(L)
meu deus, que exagero, minha Aninha!
não escrevo nada demais mesmo!
é difícil, acredita, que é memso muito difícil.
e não é fácil tirar fotografias engraçadas na banheira :3
gostomesmodeti.
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